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Shingeki no Kyojin vol.0

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Postado Por : Kodak domingo, 1 de setembro de 2013

Conto: Pesadelos e outros Tormentos
“O inferno é repetição…”.

1
O velho Malaquias deitou em sua cama e tentou achar uma posição confortável, mas era difícil, quase impossível. Fechou os olhos e sentiu o frio que tomava conta do recinto, tudo indicava que seria uma noite gélida.
Procurou pelo sono em seu inconsciente com medo, pois não queria entrar na porta errada, não queria mergulhar no mundo dos pesadelos macabros e cruéis, quase reais que vinham lhe atormentando desde o dia em que se mudara para sua mais nova casa. Já fazia uma semana que estava ali e desde então não tivera uma boa noite de sono.
Bastava ele fechar os olhos para que estranhos barulhos contagiassem o local e o deixassem apavorado. Sons de passos, risos, unhas fazendo arranhões nas paredes. Era horrível. Malaquias sabia que não podia ser real, mas então, como se alguma coisa ouvisse seus pensamentos, o pesadelo piorava, ficando cada vez mais medonho, cada vez mais verdadeiro. Os sons aumentavam, os passos viravam pisadas fortes e os risos risadas descontroladas, carregadas de loucura e prazer. Tudo caminhava para um ápice, fazendo a cabeça de Malaquias ficar prestes a explodir e depois vinha o silencio, que reinava por uns minutos. Nesse tempo o coração do homem quase saltava pela boca e Malaquias tinha o total controle de seu sonho. Na verdade ele não sabia explicar que tipo de experiência era aquela, na realidade nada daquilo seria possível.
Ouvia apenas seus batimentos cardíacos e o som de sua afobada respiração, o resto era silencio, um silêncio assustador.  Mas ai pior acontecia, Malaquias sentia uma fria mão pousando em seu ombro esquerdo. Os pelos de seu corpo se arrepiavam e as lágrimas escorriam de seus olhos. Ele sabia que aquela mão não era de um vivo, mas sim de mais um dos fantasmas que lhe atormentavam.


2
Os pesadelos do homem seguiam, primeiro a mão no ombro e mais tarde, alguns meses depois, um leve beijo no rosto. O tempo só piorava as coisas, as sensações que o velho sentia eram sobrenaturais, o medo reinava sempre que chegava a hora de ir para a cama. Era ao sentir aqueles lábios podres e sujos, aquelas mãos pegajosas e gosmentas que ele entrava em pânico total, começava a gritar e debater. Tudo isso enquanto os fantasmas caiam na gargalhada, rindo do medo que sua vítima sentia, rindo da desgraçava que estavam causando no infeliz.
Nos primeiros meses, Malaquias até tentou enfrentar os espíritos, mas não havia nada que os fizesse parar. Então, depois de dois anos sofrendo como um lunático, o velho apelou para aquilo que ele mais repudiou durante toda a sua vida, Deus.
Começou a rezar sempre que se deitava, achava que o Senhor poderia lhe ouvir. Orou e pediu aos céus para que aguentasse, para que tudo aquilo acabasse logo.
Todas as noites após um Pai-Nosso e uma Ave-Maria, o velho Malaquias sussurrava:
“Sem pesadelos meu Deus, por favor, faça eles irem embora… Amém”.
Rezou e rezou, noite após noite, mas de nada adiantou. Mesmo assim não desistiu, pois a ideia de Deus um dia poderia lhe ouvir acabou se fixando em sua mente, tudo isso devido ao arrependimento e a culpa de nunca ter feito coisas boas.
Certa noite, depois que terminou sua oração e pegou no sono, achou que a reza havia funcionado, mas não demorou muito para que se iniciasse o pior dos pesadelos. Malaquias sentiu-se mergulhado em uma estranha realidade, o lugar fedia e os sons que ele ouvia castigavam seus ouvidos com toda a potência. Apavorado abriu os olhos para certificar se não estava realmente ficando louco. E o que viu foi um lugar infestado de fantasmas, na realidade ele tinha a impressão de que não tinha como haver tantas pessoas ali dentro, pois o lugar era muito pequeno. Os mortos perambulavam por todos os lados, era impossível de se contar quantos haviam.
Corpos deformados e mutilados, alguns apresentando ferimentos que mesclavam sangue com uma estranha gosma verde.
Quando viu aquela medonha cena, Malaquias entendeu que tudo era fruto de suas próprias escolhas. Aquele era seu destino, até que sua vida chegasse ao fim e que ninguém poderia ajuda-lo.
Ao encarar os fantasmas, entendeu que apenas ele os via e que mesmo que parecessem verdadeiros, eram frutos de sua imaginação. A partir de então só esperou pelo fim do castigo, pois mesmo sabendo que aquilo era de sua cabeça, nada podia fazer, o descontrole mental era mais do que obvio, o máximo que tentava era ignorar os mortos, mas não se pode ignorar o que faz parte de você.

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